domingo, 17 de agosto de 2014

A Segunda Guerra Mundial Resumo


A II Guerra Mundial começou no ano de 1939 , Quando Adolf Hitler estava Querendo pegar uma parte da Polônia que pertencia a Alemanha Antes da I Guerra Mundial como Alemanha Foi obrigada a assinar o tratado De Versalhes , que reduziu parte do território da Alemanha Então como a Polônia não tinha entrada para o mar ele ficou com uma parte que pertencia a Alemanha E outros países , também pegaram parte da Alemanha De acordo com o tratado De Versalhes , e então oque provocou a II Guerra Mundial Foi Na Polônia , quando Hitler quis recuperar o território perdido para Polônia Recuperou o então chamado "Corredor." Que era a parte da Alemanha que Polónia Tinha pegado parte de acordo com tratado de versalhes , Alemanha recuperou a parte que a Polônia tinha pegado então , Depois de ter pegado sua parte de volta Hitler deu o próximo passo tomou a Polônia inteira então a partir dai a Polônia Pertencia , A Alemanha o Exército da Polônia tentou fazer uma Defesa mais o exército alemão era maior e superior e melhor do que o da Polónia , Antes de Hitler decidir atacar a Polônia ele assinou o pacto de Não-Agressão Com  Stalin. oque esse pacto significava era que Alemanha não atacaria a União Soviética e nem a União Soviética atacaria a Alemanha , como agora a Polônia agora era Parte da Alemanha Hitler decidiu Tomar metade da Tchecoslováquia que foi um alvo fácil que ele nem chegou a atacar Hitler assinou um contrato e ganhou metade da Tchecoslováquia mais depois Hitler acabou tomando a Tchecoslováquia inteira.

domingo, 9 de março de 2014

Joachim Peiper O Coronel Mais Jovem Do Regimento da Waffen SS

Joachim Peiper pertenceu à tropa especial de Hitler, a Waffen-SS. Recrutado em 1935,foi ajudante pessoal de Heinrich Himmler e se tornou o mais jovem coronel do regimento na Waffen-SS,com apenas 29 anos.
Peiper se tornou famoso após os combates na frente oriental aonde ganhou a admiração de Hitler como comandante panzer, em dezembro de 1944 participou da ultima ofensiva da wermarcht no comando do Kampfgruppe Peiper ele encabeçou o ataque do 6º Exercito Panzer SS porm devido a problemas como a falta de combustivel e das dificuldades apresentadas pelo terreno das Ardenas a ofensiva foi detida e Peiper e todo o 6º Exercito tiveram de recuar.Durante a ofensiva ocorreu aquele que ficou conhecido como o masscre de Malmedy que na verdade teria sido causado por aviadores norte-americanos que teriam bombardeado por engano as tropas americanas capturas por Peiper, durante o bombardeio alguns prisioneiros tentaram fugir e foram metralhados pelos jovens e nervosos soldados alemães, Peiper nunca ordenou o massacre porem a midia e a opinião pública o jugaram precipitadamente e ele quase foi executado.
Entrou em julgamento, onde foi condenado a forca. Mas os protestos que acusavam os investigadores de espancar e retirar afirmações falsas impediu que Peiper e os outros nazistas relacionados ao massacre fossem executados. Muitos saíram da prisão na década de 50, inclusive Peiper, que cumpriu sua pena e saiu da prisão em 1956.Se mudou para uma cidade no interior da França onde trabalhou em lojas de automóveis e traduzindo livros de guerra do inglês para o alemão. Em 1976,um jornal comunista francês revelou em que cidade Peiper morava e seu endereço.No mesmo mês sua casa foi incendiada(provavelmente por antigos partisans franceses)matando-o.

Figuras Importantes do III Reich (Himmler)

  • Heinrich Himmler

    Nascido em Munique no dia sete de outubro de 1900, Heinrich Luitpold Himmler era proveniente de uma família de classe média baseada na tradição católica. Após completar seus estudos, Himmler foi designado para servir como cadete na Primeira Guerra Mundial. Mas ele não chegou a atuar em nenhum combate, entrou na guerra já em 1918 e foi logo promovido a oficial. Com o fim do conflito, voltou para Munique para estudar ciências agrícolas, participando de vários clubes estudantis e integrando grupos de soldados ressentidos com a Primeira Guerra Mundial. Foi isto que o levou a entrar para o Partido Nazi.

    Integrando o partido nazista, Heinrich Himmler se tornou um dos líderes da organização e também da Schutzstaffel (SS). Quando o partido nazista começou a governar a Alemanha, em 1933, Himmler já havia conseguido formar um exército de 52 mil homens para a SS, sendo que esta era uma organização que prezava por uma rígida seleção racial para garantir a presença apenas dos chamados arianos. Não demorou para que a SS se tornasse a principal organização dos nazistas.
    Foi Heinrich Himmler que organizou e administrou os campos de concentração e os campos de extermínio. A SS agiu intensamente aprisionando e matando judeus, ciganos, homossexuais, Testemunhas de Jeová e comunistas. Dentre esses grupos, o mais afetado foi o dos judeus. Himmler foi o grande arquiteto do Holocausto, responsável pelo genocídio judeu, contabilizando seis milhões de mortes. Himmler conquistou muito poder na Alemanha, gozando de grande autoridade para colocar em prática seus interesses e projetos. Era reconhecidamente um dos líderes nazistas e foi cogitado para ser o sucessor de Adolf Hitler.
    Perto do final da Segunda Guerra Mundial, a então Waffen SS, controlada por Himmler, ainda contava com 800 mil membros. Mas, em função do andamento da guerra, o próprio Himmler perdeu a confiança em uma vitória alemã. Ele sugeriu um tratado de paz com o Reino Unido e com a Inglaterra na esperança de que esses dois países se unissem à Alemanha para enfrentar o exército soviético. Por conta própria, iniciou negociações de paz na fronteira com a Dinamarca. Ao descobrir o que estava acontecendo, Adolf Hitler ficou furioso e insatisfeito com a insubordinação de Himmler. O líder alemão retirou todos os títulos e os cargos de Heinrich Himmler e o declarou um traidor. Este, por sua vez, procurou os Estados Unidos como desertor e oferecendo tudo que os estadunidenses precisariam saber para derrotar a Alemanha. Em troca, ele desejava não ser julgado como um nazista. Dwight Eisenhower era o presidente dos Estados Unidos na época e preferiu não ter qualquer relacionamento com Himmler, declarando-o criminoso de guerra.
    Sem amparo dos países do Eixo ou dos países Aliados, Heinrich Himmler se disfarçou e tentou fugir, só que foi capturado no dia 22 de maio de 1945 pelo exército britânico. Seu julgamento foi marcado para ocorrer junto com outros criminosos de guerra, mas Himmler preferiu cometer suicídio engolindo uma cápsula de cianeto antes do interrogatório.
    Heinrich Himmler deixou esposa e uma filha, Gudrun, a qual ainda está viva e atua com grupos neonazistas tentando livrar indivíduos que compactuam com tal ideologia de serem presos.

Figuras Importantes do III Reich (Göring)




  • Hermann Göring


Hermann Wilhelm Göring era filho da segunda esposa de Heinrich Ernst Göring, um advogado e burocrata. Treinado para a carreira militar, Göring serviu na força aérea durante a Primeira Guerra Mundial. Depois trabalhou um período como piloto comercial na Dinamarca e na Suécia, onde conheceu a baronesa Carin von Rosen, que se divorciou do marido e se casou com ele em Munique, em 3 de fevereiro de 1922.
Göring filiou-se ao Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP) em 1922. No ano seguinte, foi gravemente ferido na Revolta de Munique, na qual Hitler tentou tomar o poder. A sua prisão foi ordenada, mas ele escapou com a sua esposa para a Áustria. Tendo recebido morfina para a dor dos ferimentos, tornou-se dependente da droga.
Em 1927, voltou à Alemanha, ocupando um dos assentos do Partido Nazista no Reichstag (Parlamento do Império) no ano seguinte. Depois, Göring chegou a ser o líder do partido na câmara, sendo eleito, em 1932, presidente do Reichstag.
Göring desempenhou um papel decisivo nas negociações que levaram à nomeação de Hitler como chanceler, em 30 de janeiro de 1933. O presidente Paul von Hindenburg, (então com 84 anos de idade) acabou forçado a aceitar Adolf Hitler. Göring usou a sua nova posição como ministro do interior da Prússia para estabelecer a Gestapo (polícia política e responsável pelos campos de concentração).
  O incêndio do Reichstag, em 27 de fevereiro de 1933, fez Göring acusar os comunistas e outros oponentes, abrindo o caminho de Hitler ao poder ditatorial.
Göring tornou-se Ministro da Aeronáutica e Ministro do Interior. Era o mais popular dos líderes nazistas, não só entre o povo alemão, mas também entre os embaixadores estrangeiros. Usava a sua posição para enriquecer, e liderava a espoliação dos judeus. Era egocêntrico e gostava de ostentar os seus bens.
A primeira esposa de Göring morreu em 1931. Quatro anos depois, casou-se com a atriz Emmy Sonnemann . Interessado pela caça, adquiriu uma grande propriedade ao norte de Berlim onde, desde 1933, construiu um local compatível com as suas ambições. Em 1938, Emmy deu à luz uma filha, Edda.
Embora Göring quisesse adiar a guerra, foi a Força Aérea que esmagou a resistência polonesa e fez com que as batalhas de Hitler progredissem. Mas a natureza de Göring era fraca para os rigores da guerra.
Com pretexto de má saúde, Göring retirou-se tanto quanto Hitler o permitiu, para a vida privada, gozando dos luxos de sua propriedade, onde continuou acumulando a sua coleção de arte (ainda mais enriquecida com espólios das coleções judaicas dos países ocupados), recebendo muitas doações dos que procuravam seus favores. O uso excessivo de comprimidos de um derivado da morfina deixava Göring alternadamente exaltado e deprimido, fazendo-se necessário o tratamento periódico de viciado na droga.
Apesar das faltas de Göring, Hitler não se permitia descartá-lo. Em 1939, deu-lhe o grau de Marechal do Império da Grande Alemanha. No entanto, Göring pensava em assumir os poderes do Führer e esperava ser tratado como possuidor de plenos poderes quando rendeu-se aos norte-americanos.
Acusado de criminoso de guerra, defendeu-se perante o Tribunal Militar de Nuremberg, afirmando-se como figura histórica e negando a cumplicidade nas atividades mais secretas do regime, as quais afirmava serem obra de Himmler. Depois da sua condenação, tomou veneno e morreu na sua cela em Nuremberg na noite em que sua execução foi ordenada.

Figuras Importantes do III Reich (Goebbels)

  • Joseph Paul Goebbels

     Ministro da propaganda nazista, Joseph Goebbels ficou marcado pelo seu ódio a judeus e comunistas, sua admiração pela figura de Hitler e seu fanatismo pelo poder.
    O pai de Goebbels era católico, trabalhava como funcionário em uma fábrica, e o sustentou durante os estudos universitários. Na Primeira Guerra Mundial, Goebbels foi dispensado do serviço militar por causa do seu pé torto, resultado de uma doença de infância, defeito que mais tarde seria usado pelos seus inimigos para o compararem com "o coxear do Diabo".
    Em 1922, doutorou-se em filologia na Universidade de Heidelberg, com esforços literários, dramáticos e jornalísticos. Embora ainda não envolvido em política, apresentava um fervor nacionalista, intensificado pelo resultado frustrante da Primeira Guerra Mundial.
    Na universidade, um amigo o introduziu nas idéias socialistas e comunistas. Nessa época, ele era antiburguês, mas não anti-semita. Admirava os professores judeus e chegou a ficar noivo de uma moça de família judaica.
    No outono de 1924, fez amizade com um grupo de nacional-socialistas. Como bom orador, foi feito administrador do distrito do Partido Alemão Nacional Socialista (NSDAP) de Trabalhadores em Elberfeld e editor de um magazine nacional socialista quinzenal.
    Em novembro de 1926, Adolf Hitler o nomeou líder de distrito em Berlim. Goebbels deveu a sua nomeação ao conflito entre Gregor Strasser, representante da "ala esquerda" anticapitalista da NSDAP, e o líder do partido, Adolf Hitler, da "ala direita". Nesse conflito, Goebbels ficou ao lado de Hitler.
    Assim começou a construir o poder nazista em Berlim até à ascensão de Hitler, em janeiro de 1933. Em 1928, Hitler deu ao bem-sucedido orador, brilhante propagandista e jornalista editor de "O Assalto" (e de 1940 a 1945, de "O Império"), o posto de diretor de propaganda do Partido, para toda a Alemanha.
    Goebbels começou, então, a criar o mito do "Führer" (líder, dirigente) ao redor da pessoa de Adolf Hitler e a instituir o ritual das celebrações e demonstrações do partido, o que teve um papel decisivo para converter as massas ao Nacional Socialismo.
    Depois da "tomada de poder", o "Ministério Nacional para Esclarecimento Público e Propaganda" foi criado para Goebbels, chegando também a ser presidente da "Câmara de Cultura" para o "Reich". No ministério, controlava a imprensa, o rádio, o teatro, os filmes, a literatura, a música, e também as belas artes. O objetivo de sua propaganda na mídia era criar esperanças, citando paralelos históricos e fazendo outras comparações, conjurando leis de história pretensamente imutáveis ou, como último recurso, referindo-se a algumas armas secretas.
    Aparecia constantemente perante o público, muito depois que outros proeminentes nazistas já se retiravam a seus abrigos e fortificações.
    Desde 1931, Goebbels estava casado com uma mulher de classe média alta, que deu à luz seis crianças. Nos anos de 1937 e 1938, chegou a se envolver com uma estrela de cinema tchecoslovaca, que quase o levou a deixar a sua carreira e família.
    Em primeiro de maio de 1945, como o único dos originais líderes nazistas que ficou com Hitler no seu abrigo em Berlim, Goebbels e sua esposa acabaram com as suas vidas e as das suas seis crianças. No dia anterior, fora nomeado chanceler do "Reich" por vontade de Hitler. Por um dia, chegou, assim, a ser o último sucessor de Otto von Bismark.

Erwin Rommel: a raposa do deserto


"O senhor é muito rápido para nós”, disse o general francês logo após se render ao comandante inimigo. A frase soaria frágil e covarde, não fosse dirigida a um dos mais astutos e mitológicos personagens dos campos de batalha. O tal “senhor”, no caso, é um general que conseguiu feitos inacreditáveis nas mais adversas situações. Colecionador de ações antológicas nas duas grandes guerras que a humanidade já assistiu, Erwin Rommel era um alemão ágil e sabido, que em pouco tempo se tornou o mais famoso estrategista da Segunda Guerra Mundial. Com suas tropas, conseguiu avançar cerca de 240 quilômetros em apenas 24 horas, feito que nenhum outro general foi capaz de produzir naqueles tempos. Logo ganhou o apelido de “A Raposa do Deserto”, após fortalecer as combalidas tropas italianas de Mussolini no norte da África, em 1941, e, de quebra, fazer as avançadas tropas britânicas recuarem no front africano.
Filho de um professor universitário com uma jovem de ascendência nobre, Rommel nasceu em 1891 na cidade de Heidenheim. Desde a infância, mostrava gosto por aviões e planadores, mas acabou ingressando aos 18 anos no 124º Regimento de Infantaria de Württemberg. Nas cartas trocadas com a mulher, durante o período em que esteve no deserto, transparece um dedicado pai de família, interessado com o desempenho escolar do único filho, a quem sempre cobria de elogios. Qualidade, por sinal, que também era vista na sua relação com os soldados. Sem grosserias, calmo, ensinava técnicas de combate salientando que a ousadia e a surpresa eram as grandes armas de um exército.
Nas correspondências, contava também parte do dia-a-dia no inóspito norte da África. Falava sobre o calor insuportável, sobre a guerra contra os percevejos na hora de dormir, derrotados depois de o general ter-se irritado a ponto de atear fogo na própria cama. Nas vazias noites do deserto, seu passatempo era matar moscas. A comida merecia capítulo especial. Eis um jantar caprichado descrito por ele: “Anteontem à noite, comemos uma galinha que devia provir das poeiras de Ramsés II. Apesar das seis horas que levou para cozinhar, ficou como sola de sapato e meu estômago não a pôde digerir”.

Best seller
Ainda na Primeira Guerra Mundial, Rommel ganhou a maior condecoração a oficiais concedida pelo governo germânico. Cerca de 9 mil soldados inimigos e 80 canhões caíram em suas mãos naquele conflito, ao vencer no norte da Itália a Batalha de Carporetto.
Em 1929, Rommel escreveu seu primeiro livro, Ataques de Infantaria, no qual compilou parte de suas idéias e técnicas de estratégia. A obra, lida com admiração por Hitler e mais de 400 mil alemães, instigou ainda mais o interesse dos germânicos pelo já reconhecido herói de guerra.
Foi na Segunda Guerra Mundial, porém, que a fama de Rommel fez o mundo estremecer. Sob o comando da 7ª Divisão Panzer, em 1940, ele foi um dos primeiros a ultrapassar a Linha Maginot, na França, antes em mãos de tropas britânicas e francesas. A inovadora e fulminante Blitzkrieg (guerra-relâmpago) surgia para o mundo de forma implacável: foi durante a invasão da França que Rommel conseguiu atingir a inigualável marca de deslocamento de 240 km em um único dia – feito que rendeu a seus homens a fama de "Divisão Fantasma".

AfrikaKorps
Em fevereiro de 1941, sob ordem do chefe do Estado-Maior do Reich, Walter von Brauchitsch, nascia um grupo especial que se tornaria lendário, batizado de Afrika Korps. Sua missão era auxiliar as frágeis frentes italianas no norte da África, que padeciam com armamento escasso. Mas a tarefa não seria simples. Com curto raio de ação, os canhões da divisão datavam de 1914 e estavam completamente obsoletos. A situação de outras armas não era muito diferente. Metralhadoras e veículos de defesa pouco podiam fazer diante do poder de fogo dos aliados. Para piorar, grande parte do exército italiano era constituída por infantaria não-motorizada, adequada para posições defensivas, mas de valor nulo nos embates no deserto.
Nessas horas, porém, a genialidade de Rommel fazia a diferença. Em uma ocasião, ele mandou seus mecânicos reformarem vários carros Fiat abandonados, cobrindo-os com telas e falsos canhões de madeira. Batizados de Pappedivision, os veículos engrossaram as fileiras junto aos Panzers verdadeiros, compondo frentes que se estendiam por até 1,5 quilômetro. O plano funcionou. Os inimigos recuavam só de vê-los se aproximando. A reconquista da Cirenaica foi rápida e implacável.
Rommel também se aproveitava dos erros do inimigo. Em suas palavras, o maior vacilo dos aliados, além do excesso de táticas de dispersão, era o uso de "técnicas metódicas de comando, a sistemática emissão de ordens até os mais ínfimos pormenores, deixando pouca iniciativa ao comando subalterno, e o seu fraco poder de adaptação ante uma mudança no decorrer da batalha". Maleabilidade no comando é essencial para embates no deserto, dizia ele. Nesse tipo de terreno, onde uma ventania é capaz de mudar a configuração de uma tropa por causa da falta de abrigo, os planos têm de ser alterados a qualquer momento. Várias vezes a falta de obstáculos terrestres deixou o caminho livre para Rommel aplicar as práticas de guerra entre tanques, até então inovadoras. Ele as usou com maestria e criou novas táticas, deixando os britânicos sem reação.

Hitler, o desafeto
Apesar da liberdade de que Rommel gozava, suas rusgas com o Reich eram constantes. Não se considerava nazista, apesar de respeitar Hitler. Mas a relação entre os dois degringolou no início de 1943, quando o Führer jogou as forças dos Afrika Korps em segundo plano. Os recursos escassearam, e a paciência de Rommel também. Se os suprimentos não viessem, teria de se retirar. Hitler e o marechal Hermann Goering, principal desafeto de Rommel, ficaram furiosos. O braço-direito do Führer acusava o general de desanimado e doentio, pois achava inconcebível um comandante descartar a vitória.
Em novembro de 1943, após a retirada dos Afrika Korps para a Tunísia (a contragosto de Hitler, claro), Rommel foi deslocado para supervisionar as defesas que restaram na Dinamarca, Bélgica, Países Baixos e França. No ano seguinte, foi cuidar da Muralha do Atlântico, região que os alemães acreditavam ser forte o suficiente para segurar o avanço dos aliados. Aumentou as fortificações, instalando bunkers, postos e cerca de 6 milhões de minas. Mas já suspeitava que o ataque dos inimigos seria pela Normandia, fato confirmado em 6 junho de 1944, o Dia D.
Em outubro de 1944, Rommel voltou para sua casa em Herrlingen. Com graves ferimentos, depois de ter seu carro atingido por um morteiro, passou seus últimos dias desiludido pela guerra e indignado com a resistência absurda imposta por Hitler ao exército alemão. A casa estava sendo vigiada pela Gestapo, que suspeitava da participação de Rommel no atentado a Hitler alguns meses antes. Na manhã do dia 14, vestindo sua farda cáqui dos Afrika Korps, ele morreu depois de ingerir veneno. Era o paliativo oferecido por Hitler, em respeito aos serviços prestados na África. Caso não aceitasse o suicídio, seria preso e sua família, acusada de alta traição.
Enterrado com pompa, foi um dos últimos grandes generais. Grande não só pela capacidade militar, mas também pelas atitudes. Rommel nunca foi acusado de crimes de guerra, tortura ou maus-tratos. Cortava a água de suas tropas no deserto, mas não deixava seus prisioneiros morrerem de sede.

Caça à raposa

Em pouco tempo, Rommel e os Afrika Korps fizeram uma reviravolta no front africano. O pânico tomou conta dos oficiais britânicos, que davam como certa a vitória sobre os italianos. Nesse momento de desespero, o general Alan Cunningham criou a Operação Caça à Raposa, um plano minucioso para atacar os alojamentos alemães e assassinar Rommel, única alternativa para tentar frear o avanço do Eixo no deserto. A operação envolvia o uso de dois submarinos para o transporte das tropas. Depois, os combatentes seriam divididos em três grupos: dois ficaram encarregados de sabotar as centrais de comunicações; outro atacaria o QG alemão em Beda Littoria e a instalação onde estava Rommel. Quando a operação começou, tudo aconteceu como planejado – tanto que os comandantes ingleses chegaram a abrir uma garrafa de champanhe para comemorar o sucesso da missão. Ledo engano. Na madrugada de 18 de novembro de 1941, os britânicos chegaram ao local planejado e, sem uniformes e respondendo ao sentinela em alemão, conseguiram entrar no QG. Para surpresa de todos, a Raposa havia ido embora no dia anterior. Por pouco eles não obtiveram sucesso. Ficaram no “quase”.

Com a palavra, Erwin Rommel

"Se retirássemos uma divisão, Hitler ordenava-nos que a colocássemos no mesmo lugar. Quando ordenávamos resistência até o último cartucho, Hitler mudava para a resistência até a última gota de sangue. Era esse o auxílio que recebíamos"
Sobre Hitler, no final da guerra
"Raras vezes a guerra trouxe vantagens aos povos que dela participaram. Mas, em geral, ninguém pede a opinião do povo"
Sobre a Segunda Guerra
"A questão, muitas vezes, não está em saber qual é o comandante mais dotado intelectualmente, mas sim qual conhece melhor o campo de batalha"
Sobre táticas de guerra
"As dificuldades sofridas pelos Afrika Korps no deserto do norte da África não pareciam afetá-lo em nada. Vangloriava-se, raspando a lisonja que fora acumulada sobre si pelos imbecis da sua própria corte, falando apenas de jóias e quadros. Noutra altura, seu comportamento podia ser talvez divertido. Mas agora era de perder a paciência".
Sobre Hermann Goering

Para saber mais


FILME
A Raposa do Deserto, de Henry Hathaway
O ator James Mason vive os últimos dias de Rommel na Segunda Guerra.

LIVRO
Inside the Afrika Korps, Bruce Gudmundsson (org.), Greenhill Books, 1999
As batalhas da lendária unidade sob a perspectiva de seus oficiais.

sábado, 8 de março de 2014

A Morte de Mussolini

Fundou a República Social Italiana (conhecida como República de Salò), no Norte do país, mas pouco depois viria a ser novamente preso por guerrilheiros da Resistência italiana, que o mataram a 28 de abril de 1945, juntamente com a sua companheira, Clara Petacci – que embora pudesse fugir, preferiu permanecer ao lado do Duce até o fim. As últimas palavras de Mussolini – em óbvia deferência à sua personalidade egocêntrica – foram:
Atirem aqui (disse ele apontando para o peito) Não destruam meu perfil.
O seu corpo e o de Clara Petacci ficaram expostos à execração pública durante vários dias, pendurados pelos pés, na Piazza Loreto em Milão. Encontra-se sepultado no Túmulo da Família Mussolini em Emília-Romanha, Predappio na Itália.