A Batalha de Stalingrado é um dos mais famosos e decisivos confrontos da Segunda Guerra Mundial
(1939-1945), que ocorreu na cidade então conhecida como Stalingrado
(atualmente, e desde 1961, rebatizada como Volgogrado), travada entre as
forças armadas de Alemanha e as da antiga União Soviética,
sendo que as forças desta última saíram vitoriosas após quase um ano de
confrontos. Considerada a mais sangrenta batalha de toda história, com
1,5 milhão de mortos, foi também um marco da Segunda Guerra Mundial,
utilizado para assinalar o início da derrocada da Alemanha nazista e
seu avanço não só no território russo, mas em toda Europa.
O início do conflito ocorre em 19 de agosto de 1942 com um ataque aéreo sobre a cidade. Sua captura era importante para a máquina de guerra
alemã em diversos aspectos, o principal sendo que Stalingrado era a
principal cidade industrial da região do rio Volga, sendo esta uma
importante rota que serve de comunicação indispensável entre o Mar Cáspio e o norte da Rússia; caso a captura de Stalingrado se concretizasse, o avanço alemão até Moscou estava praticamente garantido.
Tais fatores explicam em grande parte
a resistência feroz e aguerrida que foi oferecida por parte dos
habitantes da cidade. Segundo os relatos históricos, mulheres sem
nenhuma experiência em combate agora estavam à frente das baterias
antiaéreas, soldados se atiravam debaixo dos tanques alemães com
granadas ativadas, prédios e locais públicos mudavam de mão várias vezes
em um único dia. Combates de casa a casa eram frequentes, dando uma
ideia de quão sanguinária e encarniçada foi a disputa pelo controle da
cidade.
A
luta chegou em um ponto no qual os alemães tomaram nove décimos de
Stalingrado. Hitler empenhou praticamente toda a sua força militar no
leste pela conquista da cidade, também forçando as tropas a agir do modo mais rápido possível, repetindo a já famosa prática de guerra alemã de tomada rápida de território, batizada de "blitzkrieg" (guerra-relâmpago).
A
situação porém iria gradualmente pender para o lado soviético, pois as
tropas alemãs já davam sinais claros de desgaste antes da ofensiva pela
tomada da cidade. Com a incrível resistência oferecida pela população de
Stalingrado, este desgaste alemão tornou-se mais acentuado e evidente.
Em novembro de 1942, o exército soviético, comandado pelo general Chikov
iniciaria a ofensiva de retomada da cidade, que sofria com a violência
indiscriminada da guerra, que não poupava nem mesmo os civis, alvos da
violência das armas e do corte de abastecimento de alimentos, que com a
chegada do inverno, tornavam-se indispensáveis como nunca.
O clima adverso e a desgastante situação, com a subsequente perda de tanques, aviões e armas acabariam por exaurir o exército alemão, que sob ordens de Hitler, via-se obrigado a não recuar, nem render-se.
Hitler
promoveu o comandante alemão, Paulus, pouco antes do fim da batalha
pela cidade, ao posto de marechal-de-campo, o mais alto do exército. Com
isso, o ditador alemão deixava implícito que Paulus deveria manter-se
no seu posto até a morte e o fim de seu exército, pois na história
militar alemã, até então, nenhum marechal-de-campo havia se rendido,
algo considerado um vexame inimaginável.
Desobedecendo às
diretrizes de Hitler, porém, Paulus rende o que sobrou do exército
nazista aos soviéticos a 2 de fevereiro de 1943. Era o fim da Batalha de
Stalingrado e o início da queda da Alemanha.
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