quinta-feira, 6 de março de 2014

O Início da Segunda Guerra Mundial

Tradicionalmente a Segunda Guerra Mundial é dividida em duas fases. É uma divisão arbitrária, realizada pela historiografia tradicional, após a guerra. Se a análise da Segunda Guerra foi realizada principalmente após o término da guerra, isto significa dizer que ela foi feita durante o período que se convencionou chamar de " Guerra Fria" ou seja, época onde se inicia o discurso anti soviético como eixo da política externa dos EUA, que vai predominar no mundo ocidental e reflete-se na imprensa, na produção literária e consequentemente nos livros didáticos.
Na prática significa dizer que a análise da guerra destacou principalmente a importância das tropas norte-americanas e ingleses e subestimou o papel das forças soviéticas na guerra. Percebe-se isso quando da divisão da guerra: até 1941 e depois de 1941, ou seja, antes da entrada dos EUA e depois da entrada dos EUA.
No entanto podemos fazer uma outra divisão: poderíamos pensar no ano de 1942, quando o general Bernard Law Montgomery (inglês) comandou as vitórias sobre as tropas do Eixo, forçadas a desocupar o norte da África; ou ainda poderíamos pensar no ano de 1943, quando da Batalha de Stalingrado, com a grande vitória soviética sobre os alemães, feito considerado heróico por muitos estudiosos, porém minimizado nas obras didáticas
A força da política externa norte-americana foi tão forte, que conseguiu fazer com que a vitória soviética não fosse uma vitória; os escritos sobre Stalingrado dirão que foi a derrota alemã, e que o fator decisivo para a derrota alemã foi o frio e não a atuação do exército vermelho.


O AVANÇO ALEMÃO


Ao contrário do que Inglaterra e França pretendiam, a Conferência de Munique (setembro de 1938), com a decisão que permitia a anexação dos Sudetos por parte da Alemanha, estimulou Hitler em sua política expansionista. A "política de apaziguamento" na prática não surtiu efeito, pelo contrário. Acentuou-se o militarismo alemão e o sentimento nacionalista. Em agosto de 1939, foi assinado o "Pacto Germânico-Soviético" procurando garantir a neutralidade soviética frente aos movimentos militares alemães; estava aberta a possibilidade da Guerra.

A Guerra iniciou-se 1° de setembro de 1939, quando as tropas nazistas invadiram a Polônia, utilizando-se das ofensivas-relâmpago (blitzkrieg), com aviões stuka da Luftwaffe e tanques blindados, que, em menos de um mês derrotaram as forças polonesas.
A invasão alemã pretendia retomar o "corredor polonês" e o porto de Dantizg, considerado estratégico e um direito alemão. Interessava também à Alemanha a região da Alta Silésia, com importantes reservas carboníferas
Seguindo a política anglo-francesa, a polônia havia retardado a mobilização de suas tropas. Embora na semana precedente ao ataque alemão tivessem tomado as medidas preliminares, elas não foram suficientes para garantir a resistência. a eficácia do ataque aéreo alemão foi devastadora e total. O bombardeio das estradas de ferro da Polônia desorganizou completamente os transportes e comunicações e tornou difícil a coordenação. Os ataques às bases aéreas polonesas, eliminaram qualquer possibilidade de reação por ar.
Em 17 de setembro o país também foi invadido pela URSS. As tropas poloneses foram massacradas pelos dois exércitos, que dividiram o país em dois, conforme já definido no pacto assinado em agosto.

Na manhã do dia 9 de abril, navios alemães começaram a invadir os portos noruegueses e dinamarqueses através do porto de Narvik, principal via de escoamento de minério de ferro importado pela Alemanha junto a Suécia (país que declarou-se neutro na Guerra). Internamente não houve resistência pois nenhum dos dois países contava com exércitos que pudessem esboçar qualquer reação, além disso, na Noruega Hitler instalou um governo fantoche e colaboracionista. A reação externa partiu da Inglaterra, que enviou navios de guerra à região entre os dias 10 e 13, e conseguiu afundar vários navios alemães, porém não impediu a ocupação definitiva dos dois países.
A invasão da região era parte do plano maior de Hitler: a invasão da França. Utilizando-se da guerra relampago, a Alemanha invadiu a Holanda em 10 de maio por ar e por terra e dominou o país em apenas 4 dias.
A resistência belga não conseguiu se manter por muito mais tempo. Utilizando-se de tática semelhante, os alemães mostraram a eficiência dos carros de combate das forças Panzer, ocupando a região sul do país, que lhes permitiriam posteriormente invadir a França pelo norte. No dia 28 a Bélgica rendeu-se e o rei Leopoldo III organizou um governo no exílio, em Londres. A Alemanha anexou Luxemburgo no dia 6 de agosto.

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